Moda minimalista para o mundo dos negócios

Uma máxima que funciona bem no mundo dos negócios é a de que o seu trabalho e as suas entregas é que devem fazer barulho. Com o sucesso desses dois componentes, você será percebido, é quando precisamos tomar muito cuidado com o visual que o outro encontrará quando procurar pelo excelente profissional que desenvolveu aquela atividade.

Durante um certo tempo, o marketing pessoal reinava nos discursos relacionados à imagem profissional. A questão é que o marketing trabalha especialmente com a projeção da marca: como quero ser visto pelos outros, a imagem que desejo transmitir, os códigos que quero deixar registrados na mente do outro... e por aí vai. A lacuna que fica nessa área de trabalho é aquela relacionada à coerência da marca pessoal.

Foi nesse meio caminho que surgiu, então, o personal branding, que já não só trabalha com a projeção da marca, mas sim com a coerência entre os valores, os parceiros e as entregas profissionais. Percebeu-se, há não muito tempo, especialmente agora na era das mídias sociais, que não dava só para projetar algo, mas era preciso que essa projeção estivesse totalmente alinhada a quem sou offline. Não basta só vender uma imagem de sucesso, é preciso realmente ter sucesso. E todos nós temos sucesso em algo, é quando entra o personal branding potencializando essa sua área de sucesso e verificando em qual nicho de mercado ela melhor se adequa.

Pois bem, ao falarmos de marca pessoal, ou de personal branding, pensamos em um conjunto de signos que constroem o significado de quem sou para as pessoas ao meu redor. "Jefferson, não entendi nada". Explico: a marca pessoal está diretamente relacionada ao modo como me mostro ao mundo e como o mundo me lê. Nisso, falamos de postura, falamos de higiene pessoal, de cheiro, de vestimentas, de comportamentos. Esse conjunto, lido pelos outros, compõem a imagem percebida, ou seja, quem você projeta ser.

Muitas vezes focamos grande esforço no desenvolvimento técnico de habilidades e competências que o mercado demanda e esquecemos de trabalhar outros aspectos importantes na construção de uma marca forte: a coerência, a higiene, a sutileza dos atos, os bons modos e as vestimentas que melhor se adequam ao meu trabalho. 

No post de hoje, focarei especialmente na vestimenta, nos próximos tocaremos em outros pontos relacionados à marca pessoal.

Um grande erro que muitas pessoas cometem é de achar que "para se vestir bem é preciso muito dinheiro", que "roupas boas custam caro" e que cuidar de "se vestir elegantemente é frescura". Precisamos desconstruir essa mentalidade o mais rápido possível.

Para se vestir bem é preciso curadoria. Você precisa conhecer seu corpo, as suas medidas e buscar roupas que se adequam ao seu tipo físico, prezando pelo conforto e discrição. O lugar de busca não precisa ser em lojas de grife, é possível encontrar peças excelentes em bazar, brechó e páginas Second Hand. O reuso está na moda! Falando em reuso, super indico o aplicativo Enjoei.com onde você pode comprar peças novas e usadas, de diversas marcas, com aquele desconto maroto. Neste mesmo aplicativo é possível vender as peças que você não usa e estão em boas condições, ganhando assim um dinheiro extra com aquela roupa que está parada no seu armário. Outra dica é deixar para comprar roupas novas nos períodos de saldo das lojas, que compreendem de julho a setembro (os saldos de primavera/verão) e de dezembro a fevereiro (outono/inverno). Nesse período, os preços abaixam consideravelmente. 

Outro ponto fundamental na escolha de peças para seu armário é buscar opções discretas, sem muitas estampas, cores vibrantes e detalhes brilhosos. 

Nota importante 1: estou falando de peças para o meio corporativo, vale dizer ainda que depende muito do nicho da empresa e do dress code da organização, então faça o filtro segundo a empresa em que você atua.

Nesse sentido, a moda minimalista cai super bem, pois os pontos fortes dessa vertente são: simplicidade, discrição, sutileza, comodidade e conforto. Por ser uma moda mais atemporal, não relacionada aos modismos do momento, as peças minimalistas costumam custar um pouco mais, todavia acabam durando mais.

Nota importante 2: existem dois tipos de peças nas lojas, as atemporais (que combinam com tudo e não estão ligadas a um período do ano) e as sazonais (peças da estação relacionadas à moda do momento). A moda minimalista se baseia em itens atemporais.

Nota importante 3: os itens sazonais são os que costumam entrar em saldo, comumente.

Para a moda minimalista, tenha em mente alguns pontos:

• Escolha peças com cortes simples que caibam em seu corpo;
• Se você gosta de peças mais coloridas, use com outras em tons neutros (preto, branco e cinza) para dar um equilíbrio;
• Busque peças com tecidos e costuras boas, isso garantirá maior durabilidade;
• Leia as etiquetas e veja como deve ser lavada a peça, para durar mais tempo;
• Com peças simplistas é possível utilizar acessórios, bolsas, sapatos, lenços e gravatas com alguma estampa ou cor, dando uma pequena quebrada na sobriedade do look;
• Preze pelo conforto, mas escolha peças que transmitam a mensagem profissional que condiz com a qualidade de suas entregas profissionais. Vista-se com a sua melhor versão;
• Se for comprar roupas de grife, evite as que tem frases, logos e detalhes extravagantes. Foque nas peças mais discretas.

Fonte das imagens: Pinterest (todas as fotos estão salvas em pastas no perfil EstiloNosNegócios)